miércoles, 21 de septiembre de 2011

Familiar

Te bañaré de luces
De pie a cabeza
Te daré de alfombra el mar
Callaré las voces
En tu cabeza
Para que me pueda escuchar
Y nadaré como un pez
Romperé las puertas
Volaré con la fuerza de un rayo demencial
Perderás la conciencia
O algo te hará recordar
Seguiré tus pasos cuando te mueras
Crecerá de mi mano un rosal
Guardaré tus nubes bajo la mesa
Pintaré lo que respirarás
Y nadaré como un pez
Romperé las puertas
Volaré con la fuerza de un rayo demencial
Perderás la conciencia
O algo te hará recordar
Te seré familiar..
Así al fin mi espíritu de piedra
Se raerá con fuerza...
Y nadaré como un pez
Romperé las puertas
Volaré con la fuerza de un rayo demencial
Perderás la conciencia
O algo te hará recordar
Te seré familiar..
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martes, 6 de septiembre de 2011

Águas de março


É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira.

É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira.

É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho.

É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada.
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama.

É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

domingo, 4 de septiembre de 2011

Matar al cartero

Llevo mucho tiempo fuera de mí,
perdido y como si no tuviera alma,
haciendo el perro por los bares,
perdiendo el hilo,
pidiendo a gritos un poco de calma.

Nada me sale o me sale mal,
todo lo que hago no sirve para nada,
pongo empeño y quiero hacerlo bien,
pero al final todo se caga.

Nada es suficiente y no se por qué
me falta algo, y no se qué.
Tengo de todo, dentro de un orden,
pero en el fondo nada que importe

Y nena, nena, nena, nena, no es por ti,
es lo de siempre, no es nada nuevo.

Y cada vez más solo y más pellejo,
dos días triste, dos días pedo,
no llegan cartas desde hace tiempo,
creo que voy a matar al cartero.

Y a tu lado perdí mi tiempo,
lo volvería a perder de nuevo.
Para mi lo fácil es odiarte,
pero debo de estar haciéndome viejo.

Y yo bebiendo fumando,
me voy elevando,
perdiéndome un rato, buscando algo,
perdonándome el no volar
porque bailando y soñando vamos tirando.